Ex-frequentador da lista da Forbes de personalidades mais ricas do planeta, Eike Batista teve o nome lançado numa relação menos prestigiosa — a de procurados da Interpol. Estaria em Nova York. Seu advogado sustenta que o cliente se entregará. Preso, será recolhido a uma cela comum, já que não dispõe de diploma universitário. Esse contexto faz do ex-bilionário um potencial delator.
Alcançado por um braço da Lava Jato no ano passado, Eike ofereceu um depoimento espontâneo aos investigadores (assista acima). Nele, dedurou o ex-ministro petista Guido Mantega (Fazenda) como intermediário de uma mordida de R$ 5 milhões. Dinheiro destinado a pagar uma dívida da campanha de Dilma Rousseff com o casal da marquetagem João Santana e Monica Moura.
Pilhado agora num relacionamento monetário promíscuo com o ex-governador fluminense Sérgio Cabral, Eike insinua que pode abrir o bico novamente. Entretando, sua posição é menos confortável. Se quiser virar um colaborador da Justiça, Eike terá de delatar por pressão o que não entregou por opção no ano passado. Há certa apreensão nos grandes partidos.
Afora o detalhamento das propinas que pagou ao PMDB de Cabral e ao PT, Eike Batista terá a fornecer, por exemplo, algo que mencionou no seu depoimento “espontâneo”. Ele disse: “Nós temos a lista das contribuições de campanha…” Mais uma lista na vida do ex-bilionário da Forbes, agora procurado pela Interpol. Suspeita-se que seja vasta. Além de petistas e peemedebistas, inclui tucanos e outros exemplares da fauna política. Por Josias de Souza
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