Paloma Oliveto
Elas são importantes para manter a estabilidade dos neurônios. Porém, quando se tornam defeituosas, acabam contribuindo para o desenvolvimento de doenças degenerativas para as quais não existe cura. Entre essas enfermidades está o Alzheimer, o tipo de demência mais prevalente em todo o mundo. Agora, pela primeira vez, um grupo de pesquisadores conseguiu reverter os danos que as chamadas proteínas tau provocam no cérebro e que estão associados diretamente à destruição progressiva das funções cognitivas. Segundo os autores do trabalho, publicado na revista Science Translational Medicine, o resultado abre caminho para o desenvolvimento de um tratamento direcionado.
Quando a proteína tau se torna defeituosa, ela perde a capacidade de estabilizar o microtúbulo, espécie de esqueleto celular. A consequência é a formação dos emaranhados neurofibrilares — como um novelo de lã desenrolado de qualquer jeito, o cérebro fica tomado por “nós”. Muitas patologias neurológicas estão associadas a esse processo, incluindo a paralisia progressiva supranuclear, um distúrbio do movimento que pode afetar pessoas de todas as idades, e as demências frontotemporais, que geralmente surgem entre 40 e 50 anos.
Embora as chamadas taupatias — doenças neurodegenerativas causadas pelo excesso de proteína tau — sejam alvo de muitos estudos, até agora ninguém tinha conseguido reverter sua ação. “Nós mostramos no estudo um composto sintético que é o primeiro a reverter os danos associados à tau no cérebro. Leia tudo em http://www.correiobraziliense.com.br
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