por Robson Pires
O acidente que matou o ministro Teori Zavascki abre uma fase de incerteza em relação ao futuro da Lava Jato e do STF (Supremo Tribunal Federal). Motivo: Teori era um fator de equilíbrio no Supremo e na maior investigação de corrupção em curso no país.
Em momentos nos quais houve abusos na Lava Jato, Teori funcionou como um freio a decisões e tentações autoritárias do juiz federal Sérgio Moro e do Ministério Público. Em sessão do STF, manifestou desconforto em relação a colegas que criticavam seus pares publicamente.
A presidente do STF, Cármen Lúcia, tem enorme responsabilidade para tratar do destino dos processos que estavam sob os cuidados de Teori. Há especulações sobre a possibilidade de redistribuir casos para atuais ministros ou aguardar a chegada do substituto. A tarefa do presidente Michel Temer também é delicada. O ideal é que Temer escolha alguém com perfil que possa desempenhar na Justiça um papel semelhante ao de Teori, que morreu hoje tragicamente.
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