Foto: reprodução / Facebook
Um oásis no meio do falido sistema prisional brasileiro.
Uma cadeia em Minas Gerais, com 114 detentos, não registra rebelião, nem motim, há 10 anos.
Além disso tem conseguido recuperar 60% dos presos que têm penas de até 38 anos por crimes como homicídio, estupro, tráfico, entre outros.
A cadeia modelo fica no interior do estado, em Paracatu.
Como
O modelo de gestão prisional que tem dado certo é baseado em um tripé: trabalho, religião e disciplina.
Lá não tem moleza: eles trabalham o dia todo nas oficinas de artesanato, padaria, cozinha, serralheria e marcenaria.
Os detentos também estudam e fazem cursos profissionalizantes. Nos horários livres, eles vão para a quadra de esportes para tricotar peças delicadas como tocas de bebê, caminhos de mesa, tapetes… O trabalho reduz tempo na pena.
Sim, dentro da cadeia eles mexem com agulhas de crochê e com estiletes – para construir abajours de madeira e capelinhas.
E presos não ficam trancados em celas. Aliás, quando chegam na prisão eles recebem um tratamento completamente diferenciado.
“No portão a gente tira as algemas, a roupa laranja, levanta o queixo dele e fala: olha reto!… Borracha e paulada na cabeça não deu conta de resolver. Esse método é um novo pacto”, disse ao O Globo Eurípedes Tobias, o diretor da APAC Associação de Proteção e Assistência a Condenados de Paracatu.
Seleção
Mas não é qualquer preso que entra lá: tem que ter cumprido parte da pena em outra cadeia, com bom comportamento, e assinar um compromisso de seguir normas rígidas de disciplina.
O presídio de Paracatu fica num prédio moderno construído e mantido pelos próprios presos.
Lá não tem policiais armados e os próprios detentos são responsáveis pela segurança dos outros.
Um preso que normalmente custa R$ 4.500 por mês no sistema prisional brasileiro, em Paracatu sai por R$ 915.
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