Durante a República Velha as eleições se realizavam em março, data para comemorar a vitória do Brasil na Guerra do Paraguai, mas a posse dos eleitos só a 15 de novembro, em homenagem à Proclamação da República. Péssima escolha, pois entre a eleição e a posse decorriam nove meses. Era tempo demais para que se confirmassem os resultados e surgissem, não raro, ideias e até propostas nada ortodoxas, quando os novos donos do poder criavam novas oligarquias ou submetiam-se às anteriores.
De lá para cá testamos inúmeras datas, sendo que as atuais fixam as eleições no primeiro domingo do mês de outubro do ano eleitoral e a posse a primeiro de janeiro do ano seguinte. Menos mal, porque havendo segundo turno na maioria dos casos no último domingo de outubro, sobrarão apenas dois meses, novembro e dezembro, para o novo presidente assumir. Tempo bastante para a composição do ministério mas curto para se pensar em bobagens. Por Carlos Chagas
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