Muito economista deve torcer o nariz para as lembrancinhas de Natal de Michel Temer.
Mas é difícil dizer que o presentinho do FGTS, por exemplo, seja irrelevante, embora seja um presente do gênero “par de meias”. Em termos econômicos, é um bandeide daqueles miudinhos, para cobrir agulhada de injeção.
A mudança no rotativo do cartão pode aliviar um tantinho a vida dos endividados de morte (pagam em média juros de 475% ao ano). Mas o total de crédito no rotativo é de R$ 39 bilhões; o crédito total para pessoas físicas passa de R$ 1,5 trilhão.
No entanto, banqueiros dizem que a pressão do governo sobre os spreads bancários deve fazer algum efeito (são eles que estão dizendo, atenção. Spread é a diferença entre o custo do dinheiro para os bancos e o custo cobrado dos clientes, tomadores de empréstimos).
O custo de captação voltou ao que era em dezembro de 2014. Mas a taxa média para pessoas físicas passou desde então de 31% para os atuais 43%. Facada.
Quanto vale o show do FGTS?
Nenhum comentário:
Postar um comentário