Dinheirama*Renato De Vuono/© Fornecido por Dinheirama Educacional S.A.
Ouço, desde sempre, pessoas dizendo que “não sobra” dinheiro para investir. Ao contrário, muitas vezes falta, inclusive para as despesas mensais. Não preciso repetir da importância de se gastar menos do que suas receitas.
Do outro lado, ficar esperando “sobrar” para investir, não vai fazer com que chegue muito longe no caminho da riqueza. Investir precisa ser algo intencional, feito de forma disciplinada e constante.
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Desconstruindo o orçamento
Para conseguir investir todo mês, é preciso ser criterioso no orçamento. E a melhor forma é desconstruí-lo e começar do zero.
A primeira coisa a se fazer é estabelecer as prioridades e o resto todo ser feito de forma a adaptar-se a elas. Por exemplo, se a prioridade é a escola dos filhos, esse deve ser o primeiro item da lista. As demais coisas virão na sequência.
Nesse momento você será capaz de enxergar quais coisas são viáveis e quais não são. Talvez para pagar a escola dos sonhos aos seus filhos não seja possível manter o mesmo nível de moradia e de automóvel que tem hoje.
Aí é necessário rever esses itens e, talvez, outros. Na sua lista de prioridades deve estar o item “investimentos”, onde, parte de sua receita (um percentual viável) será destinado a essa finalidade.
Esse montante deverá entrar na lista de suas “despesas recorrentes”. Assim, se o orçamento vai contemplar o item “investimentos” como parte das despesas mensais, você não vai ficar “refém” do acaso (se sobrar).
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Isso quer dizer que você organizará seu orçamento de tal forma, que entre suas “despesas” prioritárias, esteja o valor que vai transferir para sua conta na corretora.
E, se ainda assim, sobrar no fim do mês, aí você pode investir mais, ou, aproveitar o dinheiro como bem entender.
Por que? Contas pagas, investimentos feitos e ainda sobrou? Amigo, acredite, você merece se dar ao luxo, se você quiser.
Entendendo a lógica por trás do conceito
Entendeu a lógica? Quando nos forçamos a investir como parte das despesas mensais, aquilo se torna uma obrigação (como deveria ser). Afinal, porque você paga o boleto do carro todo mês, mas não paga a si mesmo por um futuro mais tranquilo?
A ideia aqui é criar a mesma responsabilidade e o hábito que tem com suas despesas para os seus investimentos. E assim, se sobra, é porque TODOS os seus compromissos, inclusive investir, estão em dia.
Se quiser investir mais, ótimo! Mas se quiser gastar, tudo bem; seus investimentos já estão feitos. Nesse momento a escolha é: aumentar patrimônio, diminuir tempo para alcançar os objetivos ou, aproveitar “o agora”, que é nossa única certeza.
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Conclusão
Passo a passo, “comece do começo”. Desconstrua e reconstrua seu orçamento. Convoque a família para participar de todo o processo, e divida a responsabilidade com eles. Abra a conta na corretora, e comece a investir o mais rápido que conseguir.
Sobre os tipos de investimento e rentabilidades, comece devagar. Escolha o Tesouro Selic que, como sempre falamos no Dinheirama, é o substituto natural para a poupança e, nele, comece a construir sua reserva de emergência.
Desse ponto em diante, use seu tempo para aprender sobre os demais investimentos e, devagar, comece a diversificar sua carteira.
Mas jamais se esqueça: a casa começa a ser construída pelo alicerce. Então, primeiro seu fundo de emergência, depois o resto.
Aproveite a semana e comece a colocar sua nova vida financeira em prática. Vida plena e próspera! Nos vemos no próximo texto.------
Este artigo foi escrito por Renato De Vuono.
Apaixonado por se comunicar e ajudar pessoas, acredita na educação financeira como instrumento transformador. Está estudando Psicanálise Clínica e Psicoterapia para entender como as emoções afetam a razão e as decisões. Formado em Comunicação Social pela ESAMC de Campinas. Foi fundador/idealizador, sócio e diretor financeiro da WEME/Galileo. Idealizador e fundador do site Café com Finanças.
Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.
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