Foto: Divulgação / RedeTV!
O presidente Michel Temer afirmou, em entrevista ao programa Mariana Godoy Entrevista veiculada na noite desta sexta-feira (4) na RedeTV!, que não assumiu o cargo para “perseguir trabalhador”. "As pessoas acham que este governo é tão desarrazoado [sem razão, irracional] que acham que a gente assumiu o poder para perseguir o trabalhador, acabar com a Saúde e a Educação", disse Temer. "Eu vejo que muita gente não leu [a proposta]", disse, em menção à PEC 241, que estabelece um teto de gastos para o governo federal (e também para o Ministério Público Federal e para a Defensoria Pública da União). Temer destacou que a proposta, que agora tramita no Senado com o número 55, determina “um teto global” e que o orçamento da Saúde e da Educação deve aumentar em 2017, com verbas retiradas de outras áreas. O peemedebista citou também que manteve o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida e o financiamento estudantil, além da concessão de crédito de R$ 5 mil para reformas em residências e criação de um programa de concessão de título de propriedade urbano. Sobre os protestos e críticas à sua gestão, Temer disse que não se preocupa com a impopularidade de medidas que considere adotar em sua gestão. "Não estou preocupado com popularidade, especialmente se eu enfrentar o desemprego", declarou, para acrescentar que é necessário "prestigiar a iniciativa privada" para geração de novos postos de trabalho. O presidente comentou os índices elevados de abstenção e votos brancos e nulos nas eleições municipais deste ano e defendeu que a reforma política inclua o debate sobre voto facultativo."Talvez fosse o caso de começar a examinar a hipótese do voto facultativo", apontou. "Há um mal-estar com a classe política, não vamos ignorar isso. Muitas vezes a crítica vem pelo silêncio: a abstenção, o voto nulo”, avaliou. Temer ainda falou sobre a medida provisória de reforma do Ensino Médio, que junto com a PEC 241, levou a milhares de estudantes a ocupar escolas em todo o país, em protesto – por conta disso, o Ministério da Educação decidiu adiar o Exame Nacional do Ensino Médio nas escolas ocupadas, afetando cerca de 240 mil candidatos. O presidente considera que "não tinha outra solução" além do adiamento. "Eu não sei se os rapazes que estão [ocupando as escolas] conhecem a proposta, o que está sendo feito". BN
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