Com baixa natalidade, cresce pressão para que filhos fora do casamento sejam legalizados na China
Em Pequim / Johannes Eisele/AFP / 9.out.2015 - Crianças leem livros em escola primária do condado de Pingjiang, província de Hunan, China, no primeiro dia de volta às aulas
O governo de Cingapura ofereceu incentivos financeiros e até balinhas Mentos para aumentar o número de nascimentos. Na Rússia, mais dinheiro de subsídio para as mães e o "Dia da Concepção", com dias de folga no trabalho, ajudaram. Na Alemanha ou no Japão, bônus pagos pelo governo pretendem amplificar o som de pezinhos correndo pelas casas em meio a índices de natalidade em declínio.
Não na China. O poderoso aparato do governo em planejamento familiar ainda multa casais que têm mais de dois filhos e mulheres que dão à luz fora do casamento, apesar de uma crise demográfica iminente no país.
Algumas das descobertas de um censo realizado pelo governo em 2015 mostram que a mulher chinesa média tem 1,05 filho, um legado da política do filho único que no dia 1º de janeiro mudou para uma política de dois filhos. É o mais baixo índice de natalidade do mundo, de acordo com o "Diário do Povo", principal jornal do Partido Comunista Chinês.
As multas, conhecidas como taxas de manutenção social, podem chegar a dezenas de milhares de dólares e acabam fechando um caminho para aumentar os índices de natalidade, dizem os críticos.
"Especialmente com esses índices de natalidade em queda, a coisa certa a se fazer seria permitir que mulheres solteiras tivessem filhos", disse em uma entrevista Wu Youshui, um advogado de Hangzhou especializado em questões reprodutivas.
"Mas na prática ainda estão multando as pessoas", ele diz. "Muito. As pessoas veem isso e não entendem por quê." MAIS AQUI
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