por Cláudia Cardozo / Luana Ribeiro**Foto: Cláudia Cardozo / Bahia Notícias
O grupo de empresas investigado pela operação Quali, deflagrada na manhã desta segunda-feira (28) pelo Ministério Público do Estado (MP-BA), atuava há 20 anos com fraude de licitações na Bahia. De acordo com o promotor Luciano Taques, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), a investigação permitiu identificar as irregularidades na última década. Ainda de acordo com o promotor, não há participação de agentes públicos no esquema – no entanto, autarquias e repartições que realizam as licitações estão sob investigação. “Eles conseguiam entre si fazer uma combinação e apresentar uma proposta de preços, e simplesmente chegar lá com tudo pronto. Não precisava, a princípio, cooptar ninguém da administração pública. E até era bom que não precisasse, porque se você tivesse que cooptar, era uma pessoa a mais para dividir os lucros”, explica. As empresas, porém, tentavam atrair empresas que participassem de um pregão, mas não fossem integrantes da organização. Caso o responsável não topasse a participação, os membros do grupo elaboravam uma proposta com valor abaixo do mercado, para prejudicar a empresa e forçar a entrada no cartel. “Empresas de grande porte foram prejudicadas por esse cartel”. BN
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