Quando tinha 8 anos, Teresinha de Jesus, medalha de bronze nos 100m T47 (para atletas amputados), viu-se diante de dois caminhos. “Era uma brincadeira de criança. Estava correndo com minhas primas e tinha que escolher para que lado eu ia. Escolhi o lado mais fácil, que tinha um obstáculo, uma espécie de cerca. Tive que pular essa cerca para chegar ao lugar onde tínhamos combinado. Eu estava quase passando quando meu pé escorregou e eu caí com o braço esquerdo para trás. Tive fratura exposta.”
A família correu com a menina para o hospital da pequena cidade de Caxias, no interior do Maranhão, onde ela nasceu e foi criada. “Chegando lá, o médico fez um procedimento errado. Com três dias, meu braço estava infeccionado e gangrenado”. A escolha, então, caiu sobre a mãe de Teresinha. “O médico falou para minha mãe que ela tinha duas opções: ou permitia que eu morresse ou deixava que ele amputasse o meu braço. A decisão da minha mãe permitiu que eu chegasse até aqui.”
A amputação não diminuiu em nada centímetro a disposição de Teresinha e sua vontade de crescer na vida. Ela chegou a vender verduras e legumes ainda na infância e, depois de trocar o interior pela capital, São Luís, foi babá, empregada doméstica, entregadora de marmita, vendedora e balconista antes de se tornar atleta. Hoje está totalmente dedicada ao esporte de alto rendimento. “Minha trajetória sempre foi da garra e determinação”, lembra ela, que ainda compete nas provas de 200m e 400m. Leia AQUI
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