O governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) perdoou dívidas que somam R$ 116 milhões e aceitou que um sistema digital, que visa agilizar o transporte dos passageiros no Metrô, seja entregue com dez anos de atraso, em um acordo com a multinacional francesa Alstom. O produto serve para dimunir o intervalo entre os trens, de modo a reduzir a superlotação e aumentar o número de usuários. É conhecido nos meios técnicos como CTBC (Controle de Trens Baseado em Comunicação). Segundo informações da Folha de S.Paulo, a medida foi acordada entre as partes em janeiro deste ano, período em que o Metrô passava por uma grave crise financeira. As perdas com o produto contratato já chegam a mais de R$ 300 milhões. De acordo com a publicação, os tucanos e a Alstrom são investigados desde 2008 sob suspeita de fechar contratos em troca de propinas ainda no governo de Mário Covas. Oito anos depois, o processo ainda não foi julgado. O sistema da Alstom foi contratado em 2008, no governo de José Serra (PSDB), por R$ 780 milhões, para melhorar a eficiência das linhas 1-azul, 2-verde e 3-vermelha. A entrega estava prevista para 2011, foi adiada para o ano seguinte e, após a assinatura do acordo, funciona em tempo integral só na linha 2-verde. Nas outras duas linhas, o cronograma de entrega se estende até 2021. Ao ser questionada, a Secretaria de Transportes Metropolitanos informou que os valores perdoados "foram tratados como referência para discussão em arbitragem, algo natural nesse tipo de litígio".
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