Polêmico dentro e fora dos gramados, o meio de campo Felipe Melo voltou a ganhar destaque nos cadernos esportivos ao redor do mundo. Em entrevista a Sky Sports o jogador, que atualmente atua na Inter de Milão, da Itália, declarou que seria um criminoso caso não tivesse ingressado no mundo do futebol.
“Se não fosse jogador de futebol, teria sido um assassino. Vivia em uma das favelas mais perigosas e ali tinham muitas drogas e armas. Deixei aquela vida para seguir meu sonho. Às vezes, ia ao treino e na volta, algum amigo meu tinha morrido. Tinha de dizer sim ao futebol ou a uma vida má. E eu disse sim ao futebol e uma vida diferente
Em nota oficial, Melo explicou a sua declaração. Confira o texto na íntegra:
“Sei que algumas pessoas devem ter ficado chocadas com minha declaração de que se não fosse jogador, seria um assassino, mas eu explico.
Concedi a entrevista a um veículo de imprensa italiano, falando em italiano e, na hora, me fugiu a palavra no idioma. Quis dizer, na verdade, que se não fosse jogador, poderia acabar me enveredando no mundo do crime, pois as boas chances em uma comunidade de São Gonçalo, onde eu morava quando jogava no Flamengo, não são muitas, mas eu nunca teria coragem de matar alguém. Assassino, certamente não seria.
Mas claro que tem outros aspectos, além do futebol, que me influenciaram a não me tornar um marginal e viver à margem do que é correto, do que Deus aponta. Sou de uma família cristã e tenho Deus no coração. Embora presenciasse tudo de errado, nunca tive curiosidade nenhuma de experimentar nenhum tipo de droga. Embora todos estes anos na Europa, que é comum o jogador fumar, detesto cigarro. Sempre respeitei meu corpo e, por isso, chego aos 32 anos jogando em alto nível.
Estou feliz por ser titular em uma equipe como a Inter de Milão e não vou deixar essa matéria estragar o meu momento, mas não culpo o veículo para o qual falei e os que reproduziram, pois, apenas, me expressei de maneira errada.
Não gosto de perder nem par ou ímpar, por isso essa garra, essa determinação em campo, mas sou um cara do bem, que ama a esposa, os quatro filhos…
Certamente, ser competitivo, me levou a essa grande vitoria na vida pessoal e profissional”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário