Opinião: Duas semanas para definição / por Samuel Celestino
Têm-se à frente duas semanas, a começar com a que começa, para uma definição do que ocorrerá com o mandato da presidente Dilma Rousseff, no momento em que está entre a cruz e a espada. Há dificuldades incontestáveis, enquanto o governo passou a distribuir cargos com partidos pequenos (e grandes, como o PP) na esperança de que possa ter número suficiente de parlamentares para barrar o processo de impeachment, que nesta segunda-feira (4) chega ao fim, ao completar dez sessões na Câmara. O governo está a fazer de tudo o que lhe esteja ao alcance, e parte até para oferecer cargos também ao chamado “baixo clero” (ver nota do BN abaixo) constituído de deputados inexpressivos que não se manifestam na Câmara dos Deputados. São os que têm votos, mas não abrem a boca por não terem nada a dizer. O PMDB, comandado por Michel Temer na expectativa de chegar à presidência, como daqui já foi dito, se afastou da base aliada, aguardando que os partidos pequenos os acompanhassem, mas deu-se o inesperado: ao invés de segui-lo, como estava acertado, ouviram o canto da sereia vindo do Palácio do Planalto e passaram a caçar cargos e ministérios. O PMDB errou, mas não há nenhuma batalha perdida. O impeachment vai depender dos votos que forem concedidos para um lado e para outro, enquanto Temer passou a ser alvo dos petistas nas manifestações que têm ocorrido. A situação está em fase da indefinida. Dilma fica na retaguarda, enquanto Lula faz de tudo para chegar à Casa Civil onde terá mais chances para segurar o seu PT no comando da República. BN
Nenhum comentário:
Postar um comentário