Os brasileiros recém-chegados ao mercado de trabalho dão de cara com a crise, uma novidade para eles. E deverão sofrer os efeitos por décadas
GRAZIELE OLIVEIRA E SAMANTHA LIMA - Jéssica Julianelli tinha 19 anos quando trocou a faculdade de arquitetura pela de engenharia civil. Em parte, por afinidade. “Descobri que gostava mais de executar do que planejar”, diz. E em parte, também, por observar o Brasil. Era 2009, e parecia que o país se recuperaria rapidamente do golpe da crise econômica global. Várias nações foram engolidas pelo colapso financeiro americano, com a crise das hipotecas, no ano anterior. Aqui, porém, a economia voltava à tona após o tsunami, graças à boia de salvação do dinheiro público, que se convertia em crédito e investimentos. A curta recessão de 2009 deu lugar a crescimento chinês em 2010. O Programa de Aceleração do Crescimento, coordenado pela então ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata à Presidência, Dilma Rousseff, salpicou projetos pelo país. Faltavam engenheiros. “Eu vivia recebendo propostas de estágio. Nem precisava procurar”, afirma ela. Quando Jéssica saiu da faculdade, no fim de 2014, porém, encontrou outro país,consumido por uma crise histórica. A engenheira, hoje com 26 anos, pena há 16 meses com a onda de desemprego – que pune de forma especialmente dura os mais jovens. MAIS AQUI
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