A condição ainda não é reconhecida por médicos na Inglaterra, mas Jackie Lindsey uma mulher de 50 anos do Sudoeste do país, garante ser alergia a eletricidade e ter uma hipersensibilidade a ondas eletromagnéticas.
De sua casa em Dorset, onde as tomadas são inúteis, ela contou ao site Daily Mail que um mero celular ou uma conexão Wi-Fi podem causar danos ao seu organismo.
Para sair de casa, Jackie usa uma roupa especial, com alumínio, e leva consigo um aparelho que mete a potência elétrica ao redor. "Algumas pessoas dizem que eu sou uma apicultora demente", conta. O ritual é feito há cinco anos, após três anos sofrendo problemas neurológicos, como tonturas, pontadas nos olhos e dormência nas mãos. Com o tempo, Jackie passou a pesquisar a EHS, sigla que denomina a hipersensibilidade eletromagnética.
"Fiquei feliz quando descobri o que era. Mas é muito difícil ser levada a sério. A família e os amigos se afastam porque pensam que você está ficando louca. Eu perdi tudo o que me fazia sentir humana. Não comemoro feriados e me sinto triste por não poder participar do Natal", admite.
Por viver sem eletricidade, Jackie usa apenas o gás em sua casa para cozinhar, esquentar a água do banho, e usa velas para iluminar. "O mais importante é saber o que evitar. Quando me mudei, procurei uma área sem postes de luz ou caixas elétricas", lembra.
A instituição ES UK, dedicada a ajudar as pessoas que vivem como Jackie, aponta que 4% da população britânica já sofre de EHS e que os sintomas podem ser similares a um choque anafilático.
Na série Better Call Saul , exibida pelo Netflix, o irmão do protagonista, Chuck, sofre da condição e se recusa a deixar sua casa sem se cobrir com uma camada de papel alumínio. Desde a estreia da série, a curiosidade pela EHS tem aumentado e, segundo a ES UK, cada vez mais médicos procuram estudar casos do gênero. Fonte: Terra
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