Do UOL, em São Paulo
O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, subiu a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, de 11,75% para 12,25% ao ano. Os juros são os maiores em três anos e meio, desde julho de 2011 (quando estavam em 12,5%). A decisão foi unânime.
É o terceiro aumento seguido: houve altas nas duas últimas reuniões, em outubro (11,25%) e dezembro de 2014 (11,75%).
Esta foi a primeira reunião do Copom no ano e com os integrantes da nova equipe econômica já em seus cargos. O aumento era esperado por analistas econômicos.
O novo governo de Dilma Rousseff (PT) está adotando medidas impopulares, como aumento de impostos, com o objetivo de acertar as contas federais. Na segunda-feira (19), o novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou quatro medidas aumentando tributos em operações de crédito, combustíveis, cosméticos e importação.
Taxa de juros é ferramenta para tentar combater inflação
Uma das maiores críticas a Dilma tem sido a economia, incluindo a inflação em alta. Os juros são usados, entre outras coisas, para tentar controlar a inflação. O governo tenta recuperar confiança do mercado.
A Selic é uma taxa de referência para o mercado e remunera investimentos com títulos públicos, por exemplo. Não representa os juros cobrados dos consumidores, que são muito mais altos.
Os juros no cartão de crédito bateram o recorde em mais de 15 anos, segundo a Anefac (associação de executivos de finanças), com 258,26% ao ano (dados de dezembro de 2014). O juro médio ao consumidor nas operações de crédito em geral foi de 108,16% ao ano, também em dezembro.. Leia mais em: http://zip.net/bxqGnX
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