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MT - “Este magistrado não está alheio ao caos que se instalou no Sistema Único de Saúde, que tem deixado desamparados vários cidadãos. Todavia, me recuso, peremptoriamente, a alimentar a indústria nefasta das clínicas e hospitais que estão literalmente assacando os cofres públicos, aumentando e alinhando artificialmente preços nas ações de saúde.”
A indignação é do juiz Alexandre Sócrates Mendes, da vara Única de Terra Nova do Norte, no vizinho Mato Grosso, ao negar na quarta-feira anterior um pedido do MP para bloquear quase R$ 180 mil de verbas públicas para custeio de cirurgia que não ultrapassa o valor de R$ 10 mil pago pelo SUS pelo procedimento.
Ao pesquisar no aplicativo SUS para iPhone, o magistrado constatou que a cirurgia pretendida pelo autor na rede pública de saúde custa de R$ 7 mil. Assim, concluiu que é “absolutamente inviável” bloquear dinheiro público tão acima do valor pago pelo SUS.
“A saída para o problema sinceramente não sei, sou apenas um mero juiz de piso, do esquecido, mas pujante Nortão. Não sou gestor, e muito menos Deus, que poderia criar lastro econômico para o Estado suportar todas as demandas públicas e sociais. O que sei, é que decisão judicial não cria lastro econômico para bancar as demandas da saúde!”
Embora tenha negado o bloqueio pedido pelo MP, o juiz Alexandre Sócrates Mendes afirmou que, caso o requerente encontre algum prestador de saúde da rede privada que cobre o preço “justo” (para o magistrado, até três vezes o valor pago pelo SUS), analisará novamente o pedido para eventualmente deferi-lo. (Com informações do site jurídico Migalhas)
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