De gole em gole, o Brasil se embriaga e se afunda em uma ressaca que tem durado mais do que a manhã de segunda-feira.
Por ano, com base em estatísticas oficiais e pesquisas científicas, estima-se que o país perca 7,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em decorrência de problemas relacionados ao álcool.
Considerando o PIB de R$ 5,1 trilhões, o custo do uso abusivo de bebida alcoólica atingiu, em 2014, algo como R$ 372 bilhões.
Os prejuízos para a economia são gritantes.
Começam por acidentes de trânsito provocados por motoristas bêbados, que tiram a vida de milhares de brasileiros em plena idade produtiva, e passam por tratamentos caríssimos bancados com recursos públicos do Sistema Único de Saúde (SUS).
Nos últimos quatro anos, o SUS contabilizou 313 mil internações por alcoolismo, ao custo anual de R$ 249,3 milhões.
O alcoolismo atinge pelo menos 15% da população brasileira. É considerado uma doença incurável, embora possa ser controlada.
No mundo, o mata cerca de 3,3 milhões de pessoas por ano, mais do que a Aids, a violência e a tuberculose, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
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