O secretário da Saúde do Estado, Ciro Gomes (PROS), afirmou que, caso o ex-presidente Lula (PT) não se afaste da política brasileira, "passará de um grande brasileiro que muito ajudou o País a uma figura perniciosa".
Para o secretário, a democracia brasileira carece de lideranças políticas, e a presença do petista-mor “tutelando a nação”, desequilibrando eleições através da sua popularidade, seria “patológico, doentio, não democrático”.
Sobre a presidenta reeleita Dilma Rousseff (PT), Ciro voltou a criticar o governo que qualificou como “péssimo” e ressaltou sua opinião divulgada no artigo publicado na revista Carta Capital, “Dilma precisa de melhores companhias”. De acordo com o secretário, caso a petista não consiga se impor sobre as alianças que a cercam, especialmente com o PMDB, ela “num intera o mandato”.
PMDB - A aliança PT-PMDB, mantida, segundo Ciro, devido ao medo petista de sofrer represálias através das Comissões Parlamentares de Inquérito presididas por peemedebistas e pelo tempo no horário eleitoral ganho com a manutenção do partido na base. Ele destacou ainda a presença de Michel Temer (PMDB) na vice-presidência de Dilma. De acordo com o secretário, Temer não traz nenhuma representatividade de qualquer nicho da sociedade, tendo sua posição garantida apenas pelo “cartoriozão do PMDB”.
Eduardo Cunha - “Esse cara deve ser, assim, entre mil picaretas, o picareta-mor”, desta forma Ciro Gomes define o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB), nome mais forte para assumir a presidência da Câmara. “Antigamente o picareta achava a sombra, procurava ali o bastidor, ia fazendo as picaretagens dele escondido, agora não, quer ser presidente da Câmara. Por exemplo, se o PT mais Dilma aceitarem, eu rompo e vou para a oposição, claramente. Pouco importa a boa fé de meu irmão (governador Cid Gomes)”.
Derrota em Fortaleza - Apesar da vitória do candidato Camilo Santana (PT) na disputa pelo Palácio da Abolição, Ciro Gomes diz não ter conseguido "ficar alegre" no dia da eleição do segundo turno devido à vitória do candidato Eunício Oliveira na Capital. "Pela primeira vez Fortaleza me surpreendeu, me doeu muito a ideia de que eu não conheço mais Fortaleza. Fortaleza sempre votou no melhor".
O secretário citou como causas da derrota na Cidade as queixas da população quanto à segurança e saúde pública, além do que classificou como "erros políticos do governo", exemplificado pela apreensão da revista Istoé que trazia uma reportagem ligando o governador Cid Gomes (PROS) ao ex-diretor da Petrobras Roberto da Costa. "Apreender é um erro crasso".
Ataques ao irmão - Além de criticar a apreensão da revista IstoÉ requisitada pelo irmão Cid Gomes, Ciro ainda afirmou, ao ser indagado sobre a proximidade entre Eunício e o governador antes das eleições, quando ainda eram aliados, discordar "desse tipo de ajuste que o Cid faz", O secretário ainda apostou outra "burrinha das grandes" caso alguém encontrasse alguma gravação sua ou do senador eleito Tasso Jereissati (PSDB), que apoiou o peemedebista, afirmando que Eunício era um homem decente.
Governo Camilo - O secretário afirmou que Camilo Santana deve buscar um diálogo com outros partidos políticos em seu governo, que comparou ao modelo de Cid. Ciro chegou ainda a comparar o seu mandato ao do irmão: "a oposição a mim era o PT, sempre tive excelente relação. PCdoB, sempre tive excelente relação. Mas cada qual no seu cada qual, e governei em paz, com critério. O Cid já tem essa opção pessoal de negociar com todo mundo".
Ataques a Eunício - Ciro Gomes também voltou a criticar o patrimônio do senador Eunício Oliveira (PMDB) sugerindo que o peemedebista teria utilizado seu cargo público para enriquecer de maneira ilícita. Segundo o secretario, o senador estaria envolvido "até o talo" no desvio de verbas da Petrobras, caso investigado pela CPI da Petrobras, na qual o nome de Cid Gomes é citado. Fonte: Ceará News 7
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