Após votar na manhã deste domingo (26) em uma escola de São Bernardo do Campo (Grande São Paulo), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desqualificou as denúncias feitas pelo doleiro Alberto Youssef, que teria declarado, em delação premiada, que Lula e Dilma Rousseff sabiam do esquema de desvios na Petrobras.
O ex-presidente afirmou que não conhecia o doleiro até o escândalo vir à tona. "Lamentavelmente eu conheci esse cidadão pelas páginas policiais."
Questionado sobre o áudio da delação premiada publicado ontem pela versão online da "Veja", o ex-presidente disse que é bem possível que ele tenha dito o que foi relatado pela imprensa. Lula, no entanto, afirmou que o depoimento de Youssef não tem credibilidade.
"É bem possível que ele tenha falado. O cara está fazendo delação premiada. O cara está recebendo prêmio de tempo de cadeia para ferrar alguém", disse Lula. "Um cidadão, que já foi três vezes fazer delação premiada, não é figura que se cheire. Ele vai prestar o depoimento 'que diz que disse, que não disse, que disse'...", afirmou o ex-presidente, que acrescentou que o "mais importante é ficar com a consciência tranquila."
Defesa das gestões petistas
Lula compareceu à sua zona eleitoral acompanhado da esposa, dona Marisa Letícia, e do candidato derrotado do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha. "Cada eleição pra mim é a consagração de mais um dia de convivência, de aperfeiçoamento democrático", disse a jornalistas, após votar.
O ex-presidente defendeu ainda sua candidata, dizendo que o país melhorou "muito" em seu governo, mesmo em uma situação de crise internacional.
O ex-presidente disse ter "muita esperança e muita expectativa" com o resultado das eleições e que disse não acreditar em tentativas de tirar Dilma da Presidência, caso seja reeleita. "Eu não acredito por duas razões: primeiro, porque o país já aprendeu a valorizar a democracia. Segundo, porque Dilma tem grande parte da sociedade ao lado dela", afirmou. (Com Reuters)
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