Uma britânica conseguiu o direito na Justiça de deixar sua filha, portadora de uma deficiência grave, morrer aos 12 anos. Nancy, filha de Charlotte Fitzmaurice, nasceu cega e teve hidrocefalia, meningite e septicemia, complicações que a deixaram impossibilitada de falar, andar, comer e beber. Segundo o Metro, Charlotte tomou essa decisão depois que Nancy passou por uma cirurgia de rotina que a deixou sofrendo e com muita dor. A menina precisava de cuidado hospitalar permanente e era alimentada, medicada e hidratada através de sondas, no London's Great Ormand Street Hospital. Na Justiça, o hospital lutou em nome de Charlotte e David Wise, pai de Nancy, para dar à menina o direito de morrer. Em uma declaração entregue ao juiz, a mãe explicava que sua filha ansiava por paz e não deveria mais sofrer. "Minha filha não é mais minha filha, agora ela é somente uma casca. A luz dos olhos dela sumiu e foi substituída por medo e um desejo de estar em paz", escreveu. Assim que leu a carta de Charlotte, a juíza Eleanor King declarou que a retirada dos fluidos que mantinham Nancy viva era a melhor alternativa para mãe e filha. "O amor, dedicação e competência desta mãe são visíveis. Em seu pequeno universo restrito, ela (Nancy) teve alguma qualidade de vida. Infelizmente este não é o caso agora", afirmou a juíza. A pequena Nancy morreu no hospital no dia 21 de agosto. Em seu Facebook, Charlotte postou uma foto do dia em que a filha foi dama de honra do casamento de um casal de amigos. "Não via esta foto há muito tempo e, assim que a encontrei aqui em casa, fui levada de volta para esse dia lindo, quando dois dos meus melhores amigos perguntaram se Nancy poderia ser a dama de honra deles. Foi uma honra poder ver a minha filha atravessar a igreja, enquanto sabia que nunca teria um prazer de vê-la como uma noiva. Mas vocês fizeram isso acontecer para mim e eu serei grata para sempre. Sinto muita saudade dela", comentou. (Extra)
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