Nunca, em tempo algum, a República apresentou uma eleição como a que o Brasil realizou neste domingo. A presidente Dilma Rousseff dobra seu mandato e venceu basicamente no Nordeste, enquanto Aécio Neves deve a sua derrota à sua votação em Minas Gerais, onde Dilma ganhou no primeiro e segundo turnos. O tucano foi bem no Sudeste e no Centro-Oeste, mas caiu, como se esperava, no Norte e Nordeste. Aqui na Bahia, Dilma disparou, dobrando a votação que Aécio recebeu. Foi, por ser o quarto colégio do País, o seu principal reduto e determinou a diferença entre os dois adversários. De certo modo as pesquisas eleitorais divulgada no sábado acertaram e erraram ao mesmo tempo. Principalmente o Datafolha que acertou por se segurar na margem de erro. Aécio esperava ganhar em Minas. Para lá, no início da noite, se deslocaram para se juntar ao tucano personalidades de peso do seu partido, principalmente Fernando Henrique Cardoso, Geraldo Alckmin e José Serra. São Paulo foi quem ofereceu ao tucano a maior votação que obteve, o que era esperado até por ser o principal colégio eleitoral do País. Esta votação que reelegeu Dilma Rousseff basicamente divide o Brasil em duas grande regiões, o Sul-Sudeste e o Norte-Nordeste. Só no Nordeste ela saiu com cerca de 11 milhões de votos, que se somam alguma coisa em torno de um milhão de votos vindos da região Norte. A diferença entre a vitoriosa e o derrotado ficou em torno de três milhões de votos, isso contando números inteiros. O lucro do PT fica claro com a vitória, mas o PSDB não sai derrotado inteiramente porque o partido se uniu, o que não se observava antes da campanha. Enfim, os brasileiros assistiram a uma aula de democracia que passa a ser o principal ganho do País, excluindo, naturalmente, o vitorioso PT, que ficará no comando da República, se não dobrar em 2018, por 16 anos. por Samuel Celestino
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