Uma vereadora assumiu o mandato sem ter conquistado nem o próprio voto no pequeno município de Rio dos Cedros, localizado a cerca de 180 quilômetros de Florianópolis. O caso vem gerando polêmica na cidade – que conta com pouco mais de 11 mil habitantes e oito mil eleitores. A vendedora de doces Gilmara Elisa Ricardo (PPS), 38 anos, assumiu o cargo na última semana pelo período de 30 dias. Presidente municipal do partido, a vereadora tomou posse depois que os outros nove suplentes renunciaram à vaga. Ela se candidatou para “compor a cota mínima de mulheres” nas eleições de 2012 e não fez nenhum tipo de campanha. O seu marido, Laudenir Barbosa, também foi candidato e acabou ficando na suplência. “Ninguém quis se candidatar, mesmo que fosse para compor chapa. Coloquei o nome e não fiz campanha. Como iria fazer campanha tendo o meu marido como candidato em uma cidade pequena?”, afirma. “Não comprei diploma. Conquistei” – Gilmara vem enfrentando resistência dos partidos de oposição.
Na sessão realizada na noite desta segunda-feira, os adversários votaram contra uma matéria apresentada pela vereadora sob o argumento que ela não teria “representatividade”. “Não comprei nenhum diploma. Eu o conquistei e sou do povo também. Quando me acusam e viram as costas ao que estou apresentando, sem nem analisar, estão virando as costas para o povo”, afirma ela, rebatendo as críticas de que sua posse seria “imoral”. “Imoral é roubar como muitos políticos fazem. Não roubei, não prejudiquei ninguém e não sou degrau de partido nenhum. Não ganhei voto, sou consciente disso, mas sou do povo”. Gilmara, que trabalha com eventos e vende doces em universidades da região, ainda destacou que ela é quem será a candidata da família nas próximas eleições e usará os 30 dias de mandato para apresentar indicações relevantes .“Agora não vou colocar o nome para compor. Vou me candidatar para disputar de verdade”, disse. Posse “constrangeu” município, diz presidente da Câmara. O presidente da Câmara Municipal, Jonas Corrente (PMDB), confessou que a posse de Gilmara “constrangeu” o município, mas afirmou que a decisão ocorreu entre a bancada de seu partido e a do PPS, com quem mantém coligação.
Segundo ele, todos os suplentes assumiram no chamado sistema de rodízio e agora seria a vez da vereadora. “Chegamos a esse ponto de uma vereadora assumir sem ganhar nem o seu próprio voto”, disse. “É curioso, sim. Mas ela foi diplomada legalmente e a lei eleitoral permite. O fato me causa constrangimento, constrangeu toda a cidade que está aparecendo na mídia, mas não há o que fazer”. Segundo Jonas, a questão pode chamar a atenção para futuras alterações na lei eleitoral. A coligação entre PMDB e PPS elegeu cinco das nove cadeiras da Casa em 2012. A candidata mais votada, Anilda Moser, obteve 658 votos, e o candidato que conseguiu uma vaga com o menor número de votos foi Antonio Zoboli, com 241 votos. Entre os suplentes, há candidatos que conquistaram 50 e 42 votos e também assumiram. “Fica no ar a questão da representatividade, mas como Gilmara está amparada pela lei tivemos que fazer o ato de posse. Ela tinha o direito e pronto. Pela lei, a representatividade está relacionada a legenda e não ao candidato”, afirma. “Ela vai usar o seu mandato para aprender e trazer boas idéias, tenho certeza. Tomara que essa polêmica sirva como modelo para que a legislação eleitoral possa ser aperfeiçoada”. (Fonte: Terra)
Na sessão realizada na noite desta segunda-feira, os adversários votaram contra uma matéria apresentada pela vereadora sob o argumento que ela não teria “representatividade”. “Não comprei nenhum diploma. Eu o conquistei e sou do povo também. Quando me acusam e viram as costas ao que estou apresentando, sem nem analisar, estão virando as costas para o povo”, afirma ela, rebatendo as críticas de que sua posse seria “imoral”. “Imoral é roubar como muitos políticos fazem. Não roubei, não prejudiquei ninguém e não sou degrau de partido nenhum. Não ganhei voto, sou consciente disso, mas sou do povo”. Gilmara, que trabalha com eventos e vende doces em universidades da região, ainda destacou que ela é quem será a candidata da família nas próximas eleições e usará os 30 dias de mandato para apresentar indicações relevantes .“Agora não vou colocar o nome para compor. Vou me candidatar para disputar de verdade”, disse. Posse “constrangeu” município, diz presidente da Câmara. O presidente da Câmara Municipal, Jonas Corrente (PMDB), confessou que a posse de Gilmara “constrangeu” o município, mas afirmou que a decisão ocorreu entre a bancada de seu partido e a do PPS, com quem mantém coligação.
Segundo ele, todos os suplentes assumiram no chamado sistema de rodízio e agora seria a vez da vereadora. “Chegamos a esse ponto de uma vereadora assumir sem ganhar nem o seu próprio voto”, disse. “É curioso, sim. Mas ela foi diplomada legalmente e a lei eleitoral permite. O fato me causa constrangimento, constrangeu toda a cidade que está aparecendo na mídia, mas não há o que fazer”. Segundo Jonas, a questão pode chamar a atenção para futuras alterações na lei eleitoral. A coligação entre PMDB e PPS elegeu cinco das nove cadeiras da Casa em 2012. A candidata mais votada, Anilda Moser, obteve 658 votos, e o candidato que conseguiu uma vaga com o menor número de votos foi Antonio Zoboli, com 241 votos. Entre os suplentes, há candidatos que conquistaram 50 e 42 votos e também assumiram. “Fica no ar a questão da representatividade, mas como Gilmara está amparada pela lei tivemos que fazer o ato de posse. Ela tinha o direito e pronto. Pela lei, a representatividade está relacionada a legenda e não ao candidato”, afirma. “Ela vai usar o seu mandato para aprender e trazer boas idéias, tenho certeza. Tomara que essa polêmica sirva como modelo para que a legislação eleitoral possa ser aperfeiçoada”. (Fonte: Terra)
Nenhum comentário:
Postar um comentário