O governador Ricardo Coutinho (PSB) afirmou que a saída de vários deputados estaduais de sua base política, na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), ocorreu porque ele não quis pagar um valor específico para que eles continuassem na bancada do Governo.
Em comício realizado no município de Alhandra, na última quinta-feira (28), o socialista, que é candidato à reeleição, disse que o apoio de um parlamentar na Casa de Epitácio Pessoa lhe custaria o pagamento de R$ 300 mil em gratificações mensais.
“Se eu quisesse, eu colocaria uma ruma de deputados ali e garantia maioria na Assembleia, que hoje eu não tenho, com as mesmas práticas que os outros tinham de maioria. Mas, eu não vou pegar dinheiro do povo, pegar o dinheiro de vocês, das mães de família, pegar R$ 300 mil e dar de gratificação para um deputado ser de minha base”, disse Ricardo Coutinho.
O último desfalque na bancada de sustenção ao Governo na ALPB foi o deputado estadual Antônio Mineral, que retornou à base política do senador Cássio Cunha Lima (PSDB), adversário na disputa ao Palácio da Redenção. Em contato com a imprensa nesta segunda-feira (1º), o governador deu a entender que a saída de Mineral não fará diferença em sua base eleitoral.
“Podem ir quantos quiserem que eu vou simplesmente, como eu tenho feito, dizer que o grande juiz disso será o povo no dia 5 de outubro. Para mim pouco interessa se eu tenho 8, 10 , 12 ou 36 deputados. O que interessa é o que eu estou fazendo pela Paraíba, moralizando a política e acreditando na necessidade da política ser o grande instrumento de transformação da sociedade. Você não pode ter a política para acomodar grupos políticos ou interesses pessoais”, disse o governador.
“Balcão de negócios”
O governador Ricardo Coutinho ainda afirmou que a política “está mais promíscua” e que a transformaram “em um verdadeiro balcão de negócios”. “Eu não participo disso. Eu não faço o Estado participar disso”, disse.
O governador disse ainda que se quisesse, teria a maioria dos deputados estaduais na Assembleia Legislativa da Paraíba. “Toda a Paraíba sabe que se eu quisesse, hoje, eu mandava fazer uma fila e teria maioria dentro da Assembleia, mas com métodos que não seriam republicanos. Não seriam métodos da minha história, da minha vida e da minha consciência. Portanto, não me interessa isso. Se alguém foi, então foi e será julgado”. FONTE: Ângelo Medeiros
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