O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou neste sábado, 13, as declarações da candidata à presidência Marina Silva, que chorou ao falar do ataques da sua ex-legenda. "A dona Marina não precisa contar inverdades a meu respeito para chorar", disse durante ato de campanha em Sapopemba, negando que tenha feito ataques a sua ex-correligionária. "Nunca falei mal da dona Marina e vou morrer sem falar. Ela que tem de se explicar por que falou mal do PT", afirmou. Lula disse ainda que não costuma utilizar nome de adversários do palanque do PT. "Vocês nunca me viram xingando uma adversária, eu prefiro falar bem do meu candidato", disse, ressaltando que nunca deixou de ter relação de amizade por conta de disputas eleitorais. "Agora não vai chorar na impressa porque eu nunca falei dela a não ser nesse comício", disse. O ex-presidente lembrou que Marina saiu o seu governo quando ela quis e explicou por que escolheu a presidente Dilma Rousseff para ser sua sucessora. "Na hora que eu tinha de escolher para quem ia entregar o direito de dirigir o País, tinha de entregar para a pessoa que achava mais preparada", disse. Segundo ele, questionavam o fato de Dilma nunca ter tido um cargo executivo, mas ele disse que sabia que ela aprenderia a governar. "E a bichinha é inteligente e aprendeu", disse. O ex-presidente disse ainda que "um verdadeiro líder não muda de partido toda hora", alfinetando Marina. "um verdadeiro líder não muda de opinião toda hora, ele evolui." Lula participou na manhã deste sábado, 13, de uma caminhada ao lado dos candidatos petistas Alexandre Padilha e Eduardo Suplicy e também do prefeito Fernando Haddad. Durante uma parte do percurso, o ex-presidente entrou em algumas lojas, parou para tomar um café e tirou fotos com a população. Depois, Lula e seus correligionários terminaram o percurso em um carro de som. Ao discursar, Haddad fez uma defesa da presidente Dilma e disse que ela "está enfrentando a crise mantendo emprego". Ele aproveitou para criticar a candidata Marina Silva e sua proposta de autonomia do Banco Central. "Se a gente der autonomia para o Banco Central, é desemprego na certa", disse o prefeito. por Carla Araújo | Estadão Conteúdo
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