As negociações em curso entre o governo e o setor privado estão, desde já, limitadas pela situação das contas públicas. Elas deverão ser um obstáculo importante para a adoção de medidas mais ambiciosas. Justamente por ter abandonado uma reforma tributária importante – a unificação do PIS e da Cofins -, devido à falta de espaço fiscal, a presidente Dilma Rousseff viu essa bandeira ser tomada pelos concorrentes na corrida eleitoral. Tanto Aécio Neves (PSDB) quanto Eduardo Campos (PSB) iniciaram a pré-campanha defendendo medidas de simplificação tributária. Depois de vender publicamente a unificação dos dois tributos federais mais complexos, o PIS e a Cofins, e um Imposto sobre Valor Agregado (IVA), e sua simplificação em três alíquotas, a presidente Dilma abandonou o plano. “O governo tem optado por uma série de pacotes com medidas de efeito limitado. Está ficando caro manter a indústria no Brasil, porque há falta de competitividade não por culpa do setor privado, mas pelo excesso de burocracia e complexidade tributária”, afirmou o economista Maurício Canêdo Pinheiro, doutor pela Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro (FGV-RJ). João Villaverde e Lu Aiko Otta, Agência Estado
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