A Organização das Nações Unidas e o Haiti expressaram hoje (8) preocupação com a seca prolongada que afeta grande parte do país e que provocou receio sobre uma eventual crise alimentar para a qual o governo não está preparado.
De acordo com a imprensa local, as autoridades estimam que pelo menos 600 mil pessoas estão malnutridas em todo o país, em particular no Noroeste, onde 43% dos lares são afetados por insegurança alimentar.
"Apelamos para uma maior contribuição dos parceiros do Haiti, uma resposta duradoura à situação no Norte, no quadro da luta alimentar que continua a afetar 600 mil pessoas no país", disse o assessor do primeiro-ministro, Hébert Docteur, citado pela imprensa local.
O governo haitiano solicitou o auxílio do Programa Mundial de Alimentos (PMA) que, na semana passada, distribuiu 1.500 toneladas de produtos alimentícios a 164 mil pessoas em situação vulnerável, principalmente mulheres e crianças.
O coordenador residente humanitário da ONU e responsável adjunto da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti, (Minustah), Peter de Clercq, considerou a situação "preocupante". Ele disse que é preciso assistência alimentar e nutricional urgente, além de um programa sustentável a longo prazo, para enfrentar a situação com êxito.O Haiti é considerado o país mais pobre do Hemisfério Ocidental. A situação foi agravada depois do terremoto de janeiro de 2010, que atingiu Porto Princípe e outras áreas do país e causou 300 mil mortes, deixou cerca de 250 mil feridos e afetou 1,5 milhão de pessoas.
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