Como o sr. vê o atual momento da economia?
Vou falar o que repito em todo lugar porque acho importante. Quando se olha a formulação de política econômica no Brasil, acho que há duas agendas muito diferentes. A primeira eu chamo de contrato social da redemocratização. Ela está com a gente desde a democratização. É uma agenda estrutural. Uma opção que a sociedade brasileira fez na Constituição, lá em 88. Essa opção vem sendo referendada e repactuada a cada eleição. Expressa o desejo da sociedade de construir um Estado de bem estar social muito abrangente, nos moldes dos países da Europa continental. É um desejo da nossa sociedade avançar na questão da equidade. Há outra agenda, que veio de 2009 para cá – da equipe econômica do Mantega (Guido Mantega, ministro da Fazenda) e da presidente Dilma e do final do governo Lula – eu chamo de ensaio nacional desenvolvimentista. Eu separo bem as duas agendas.
Acho que essa segunda é petista puro sangue. É o Estado decidindo a alocação de capital. É o Estado fazendo microgerenciamento das políticas de impostos e das tarifas de importação para incentivar alguns setores escolhidos segundo certos critérios. É o Estado fazendo microgerenciamento da política de intermediação financeira. É uma agenda grande. Esse pacote não é da sociedade. Leia na íntegra
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