Preso é encontrado morto na Central de Custódia de Presos de Pedrinhas-MA

Um detento foi encontrado morto na Central de Custódia de Presos de Justiça, no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís. O corpo foi encontrado na manhã desta terça-feira (21). A informação foi confirmada pela assessoria da Secretaria de Estado da Justiça e Administração Penitenciária ( Sejap). A Sejap não soube informar, até o momento, as causas da morte do preso e afirmou que está apurando o caso. Esse é o terceiro preso encontrado morto no Complexo de Pedrinhas em 2014.

Na quinta-feira (16), dois tumultos foram registrados na CCPJ. Os presos se rebelaram por estarem insatisfeitos com a presença da Polícia Militar no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Após a tentativa de motim, homens da Polícia Militar e da Força Nacional, com o acompanhamento da Corregedoria e Ouvidoria da Sejap, realizaram uma vistoria nas celas da unidade.

59 presos foram mortos em 2013 na Penitenciária de Pedrinhas, sete em menos de uma semana.

TRANSFERÊNCIA

Nove presos da Penitenciária de Pedrinhas foram transferidos nessa segunda-feira (20) para o presídio federal de segurança máxima de Campo Grande (MS). Segundo a polícia, os detentos transferidos são suspeitos de participação em ataques a delegacias e ônibus na capital maranhense no início do mês e fazem parte de grupos criminosos responsáveis por mortes dentro da penitenciária de Pedrinhas.

VIOLÊNCIA

Uma onda de ataques a ônibus e delegacias na capital maranhense teve início na noite de 3 de janeiro. A ordem teria partido de uma facção criminosa dentro do Complexo de Pedrinhas. Quatro ônibus foram incendiados, duas delegacias foram alvejadas e cinco pessoas ficaram feridas. Ao todo, 22 suspeitos foram detidos por envolvimento nos ataques, entre eles, seis menores.

Entre as vítimas, estava a menina Ana Clara Santos Sousa, de 6 anos, que teve 95% do corpo queimado e morreu no dia 6 de janeiro. A irmã dela, Lorrane Beatriz Santos, de 1 ano e 5 meses, teve 20% do corpo queimado e recebeu alta médica na quarta-feira (15). A mãe das duas meninas, Juliane Carvalho Santos, de 22 anos, teve 40% do corpo queimado. O entregador de frangos Márcio Ronny da Cruz, de 37 anos, que teve 72% do corpo queimado tentando salvar as crianças, está internado no Hospital de Queimaduras de Goiânia (HQG). A operadora de caixa Abiancy Silva, de 35 anos, teve 10% do corpo queimado no ataque.

Fonte: Com informações do G1