Uma equipe de geólogos e geógrafos contratados pelo Ministério da Integração Nacional, por meio da empresa Pangea Geologia Estudos Ambientais, de São Paulo, iniciou nesta sexta-feira o mapeamento de 47 áreas de risco sob de deslizamento e alagamento em Itabuna. Os profissionais vão vistoriar os locais, preparar e encaminhar um relatório sobre a situação em cada área para que o governo federal repasse as informações à Comissão de Municipal de Defesa Civil a quem caberá o monitoramento. O coordenador municipal da Comissão da Defesa Civil, Roberto Avelino, explica que o mapeamento englobará cerca de cinco mil imóveis suscetíveis de risco em bairros como Ferradas, Maria Matos (Rua de Palha), Maria Pinheiro, São Pedro e Pedro Jerônimo. “Esse trabalho é fundamental para o município conseguir recursos junto ao governo federal para mudar a realidade de milhares de pessoas que moram nessas áreas”, afirma. O coordenador da Defesa Civil lembra que Itabuna tem muitas áreas em que centenas de famílias sofrem com quedas de barranco e inundações durante o período chuvoso. Roberto pede a colaboração dos moradores dessas áreas para que facilitem o acesso dos profissionais aos imóveis, caso seja necessário. “Os profissionais estarão devidamente fardados com coletes na cor laranja e credencial com foto, que deve ser exigida em caso de dúvidas”, diz. Segundo Roberto Avelino, as áreas em que será feito o levantamento de campo foi definido pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM). O trabalho tem prazo conclusão em até 30 dias e faz parte da Ação Emergencial para Reconhecimento de Áreas de Alto e Muito Alto Risco a Movimentos de Massa e Enchentes do Ministério, do Ministério da Integração Nacional. De acordo com a geóloga da Pangea Camila Bittencourt Medeiros, o levantamento de campo possibilitará aos técnicos, ao Ministério e à Comissão de Defesa Civil conhecerem aspectos importantes ao gerenciamento das áreas de baixo, médio, alto e muito alto risco de deslizamento e inundações nos bairros. “No nosso relatório também faremos uma série de indicação de obras que podem ser executadas para evitar desastres”, afirma. Já o geógrafo Leonardo Aquino Napravnik destaca que o relatório produzido pela equipe técnica serão informados o tipo de solo, rocha e todos os fatores que podem contribuir para deslizamentos de terra, como esgoto despejado nas áreas inapropriadas. “A partir daí será feita a classificação de risco, que pode variar entre um e quatro, indo de baixo a muito alto risco”, finaliza.
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