Na reportagem a seguir, o repórter Eduardo Torres, do Diário Gaúcho, RBS, Porto Alegre, denuncia que existe ao menos dois consensos entre os presos e as facções que fortalecem o poder nas galerias do Central: ninguém aprova a comida servida pelo Estado e todos querem lucrar de alguma forma. Entregues a facções criminosas, as galerias do Presídio Central se tornaram imóveis lucrativos. O faturamento das organizações pode chegar a R$ 500 mil mensais - livres de impostos. Comida, drogas, segurança, tudo é pago em uma galeria. O sistema comanda, inclusive, crimes que acontecem nas ruas. As galerias podem ser classificadas entre os imóveis mais caros de Porto Alegre. Não só pelo dinheiro que geram, mas porque, ali, quem deve não tem saída: ou paga ou morre.Leia tudo:
. Incapaz de fornecer mais do que a alimentação básica aos presos - os 3 milhões de refeições mensais custam aos cofres públicos em torno de R$ 1,30 cada uma -, o poder público terceiriza um espaço dentro do presídio para que funcione a cantina, administrada por comerciantes, com preços tabelados e fiscalizados.
. A Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) ganha em torno de R$ 80 mil com a cobrança de alugueis dos mercados nas principais cadeias do Estado. Indiretamente, o sistema alimenta um dos principais mecanismos de faturamento das facções nas galerias: as cantinas "piratas".
. No Presídio Central, a Susepe cobra R$ 35 mil mensais de aluguel, incluindo custos de água e luz, da comerciante que explora o serviço há oito anos. CLIQUE AQUI para ler tudo.
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