Com um prejuízo financeiro que chega a R$ 28 milhões, a destruição de casas, prédios do município e a morte de 17 moradores, a cidade de Lajedinho, depois de quase um mês, ainda não recebeu R$ 1 do governo federal nem estadual para a reconstrução, de acordo com o deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB). Em contato com o Bahia Notícias, o parlamentar, que é da base da presidente Dilma Rousseff, mas oposição ao governador Jaques Wagner, atribuiu a demora a uma falta de “empenho” do petista. “Eu imagino que está faltando vontade política, né? O governador precisa pressionar”, alfinetou. Lúcio argumentou que o Espírito Santo, onde fortes chuvas também causaram danos ao estado, já recebeu verbas federal e estadual, enquanto no interior baiano ainda “não se viu a cor do dinheiro”. “A tragédia em Lajedinho foi antes do Espírito Santo. Em questão de proporção, aqui foi muito maior. Inclusive com um grande número de mortos. No entanto, o Espírito Santo, desde a semana passada, já teve recursos liberados”, reclamou.
Na Câmara Federal, segundo o peemedebista, a bancada baiana fez um esforço para destinar recursos para a cidade, mas, segundo ele, falta ainda compromisso da presidente Dilma. “A bancada da Bahia fez uma emenda no valor de R$ 10 milhões, mas tem cinco anos que o governo federal não libera emenda de bancada, então acaba virando uma emenda fantasma”, advertiu. O “time” de Wagner e Dilma, segundo Lúcio, também não anda muito em sintonia, já que os capixabas são governados por Renato Casagrande, do PSB do presidenciável e ex-aliado do PT Eduardo Campos, chefe do Executivo pernambucano. “O que nós observamos? Lá o governador é do PSB e, no entanto, já teve os recursos liberados, enquanto aqui, o governador é do PT, diz que é importante esse alinhamento, mas nada ainda”, pontuou. “O que nós queremos é que o governador aproveite a situação e erga sua voz em nome da Bahia. Se ele não tiver condições sozinho, que convoque os 39 deputados [federais] e os três senadores para que possamos pressionar o governo federal. Será que a dor de lá [Espírito Santo] é maior do que a daqui?”, questionou. por Alexandre Galvão
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