Brasília e Genebra - Surpreendido com a denúncia do Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos contra o "estado terrível" das prisões no Brasil, o governo brasileiro evitou se posicionar sobre as atrocidades ocorridas no presídio de Pedrinhas, no Maranhão.Oficialmente, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) afirmou há pouco que sequer há previsão de uma "resposta pública" ao órgão multilateral e ressaltou que tem um "diálogo natural" com a ONU.
A Presidência da República, procurada pelo Broadcast, também se negou a dar uma resposta, transferindo a responsabilidade para o Ministério da Justiça. A Pasta, comandada pelo petista José Eduardo Cardozo, informou que tampouco tinha uma resposta. A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência também evitou se pronunciar sobre a cobrança da ONU.
A ONU exige que o governo abra investigações para determinar o que ocorreu no Maranhão nas cenas divulgadas com decapitações em Pedrinhas, processando os responsáveis. "Apelamos às autoridades para realizarem uma investigação imediata, imparcial e efetiva dos fatos e processar as pessoas consideradas como responsáveis", indicou Rupert Colville, porta-voz da Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos, Navi Plilay.
Em um comunicado divulgado em Genebra e como forma de constranger internacionalmente o governo brasileiro, o Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos insistiu em atacar a situação das prisões no Brasil. "Lamentamos ter que, mais uma vez, expressar preocupação com o terrível estado das prisões no Brasil e apelar às autoridades a tomar medidas imediatas para restaurar a ordem na prisão de Pedrinhas e em outras prisões do país", indicou Colville. http://www.bol.uol.com.br/
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