Felipe Martins/Do UOL, no Rio
Após 20 dias em coma na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) neonatal do Hospital da Posse, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, morreu às 23h58min de terça-feira (22) o bebê Ygor Fraga do Nascimento, que teria sido enterrado vivo pela bisavó. Em estado considerado gravíssimo pela equipe médica desde a chegada à unidade, ele não resistiu após sofrer parada cardíaca.
O crime ocorreu no último dia 2 em Austin, bairro de Nova Iguaçu. Segundo informações do 20° BPM (Mesquita), a bisavó da criança, identificada como Maria Salete Ramos, 60, teria chegado alcoolizada de uma festa e, incomodada com o choro do bebê, teria ido até o quintal da casa da família e cavado um buraco no chão.
A mãe da criança, de 14 anos, estava na casa de uma vizinha e havia deixado o bebê sob os cuidados da avó materna. Num momento em que a avó deixou o quarto onde estava a criança, a bisavó teria levado o bebê até o quintal e o jogado dentro do buraco.
Quando a avó procurou pelo menino e não a encontrou, buscou a ajuda da mãe da criança. Já no início da madrugada, segundo a PM, as duas avistaram umas das pernas da criança do lado de fora do buraco e chamaram socorro.
O menino recebeu os primeiros atendimentos na unidade de saúde Moacyr de Almeida Carvalho. Ele precisou ser reanimado pelos profissionais da unidade após sofrer uma parada cardiorrespiratória. Após ser estabilizado, foi transferido para o Hospital da Posse.
Em nota, o hospital informou que "a equipe médica não mediu esforços para que Ygor sobrevivesse, mas desde o início o quadro era muito grave". O hospital disse ainda condenar "qualquer tipo de ataque contra a vida" e que "lamenta profundamente a morte do bebê".
Com a morte do bebê, a acusação do Ministério Público será alterada de tentativa de homicídio para homicídio. A pena para este tipo de crime varia de 12 a 30 anos de reclusão.
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