Imagine que você escreva um trabalho científico falso, baseado em dados falsos, obtidos a partir de experimentos sem validade científica. Você assina o trabalho com nomes falsos de pesquisadores que não existem, associados a universidades que também não existem, e envia o trabalho para centenas de revistas científicas do tipo “open access” (que disponibilizam seu conteúdo gratuitamente na internet) para publicação. O que você pensa que aconteceria? Acha que seria descoberto?
No caso de John Bohannon, biólogo-jornalista norte-americano que teve a iniciativa de fazer o descrito acima, o desfecho é preocupante, principalmente no tocante à credibilidade científica: Bohannon escreveu um trabalho falso sobre as propriedades anticancerígenas de uma molécula supostamente extraída de um líquen e enviou esse trabalho para 304 revistas científicas de acesso aberto ao redor do mundo. Não só a pesquisa era totalmente fabricada e obviamente incorreta, como o nome do autor principal (Ocorrafoo Cobange) e da sua instituição (Wassee Institute of Medicine) eram fictícios. O que aconteceu, surpreendentemente, foi que mais da metade das revistas procuradas (157) aceitou o trabalho para publicação. LEIA TUDO AQUI
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