por Erich Decat | Agência Estado*Foto: Reprodução
De posse do processo de criação do partido Solidariedade, o vice-procurador-geral eleitoral, Eugênio Aragão, deve pedir em seu parecer, que deve ser publicado ainda nesta segunda-feira (23), investigação da Polícia Federal para detectar possíveis fraudes na coleta de assinatura da legenda. Na última quinta (19), ele já solicitou mais prazo para análise do processo que deve voltar à pauta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta terça-feira (24). O procurador considerou de "altíssimo risco" o procedimento adotado pelo TSE em que as certidões podem ser direcionadas diretamente à Corte Eleitoral, sem a necessidade de passar por uma triagem nos Tribunais Regionais - dinâmica que passou a vigorar desde a criação do PSD em 2011. "Em alguns casos, vai ser preciso a Polícia Federal apurar", pontuou. Segundo Aragão, fichas de assinaturas para a criação do Partido Republicano da Ordem Social (PROS) misturadas com as do Solidariedade. "Que bagunça é essa? É assustador", afirmou. "Não se pode criar um partido de afogadilho", emendou. Apesar dos problemas encontrados, Aragão sinalizou que não deve apresentar um parecer pelo indeferimento do processo. "Já há dois pareceres favoráveis, não vou dar nenhum cavalo de pau. Mas tenho que chamar atenção para certos riscos", afirmou.
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