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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Palavras Explosivas


Todos sabem que a linguagem mundo corporativo esta recheada de palavras que o uso mais se adequam a uma guerra. 

O uso dessas palavras começa quando vamos pra o nosso local de trabalho, quem já não levantou e disse:

“Vou para a batalha diária” ou “Vou para a luta”? Independentemente do cargo função ocupada na empresa.
Começamos pela elaboração da estratégia da empresa, a palavra estratégia esta ligada a termos militares derivado do termo grego stratègós (de stratos, "exército", e ago, "liderança" ou "comando" tendo significado inicialmente "a arte do general", ou seja, a sua movimentação no campo de batalha).
No dia a dia estamos ocupados em atingir a meta que apesar de não ter origem em termos militares também tem uma forte ligação com competições, pois meta vem do latim e significa poste ou sinal que, nas corridas de cavalos ou nas regatas, indica o ponto onde termina a carreira.
Podemos citar outras palavras como avançar, guerra de talentos, conflitos, isso é uma bomba relógio, “tenho uma bomba” e muitos outros termos.
Na vida pessoal também usamos palavras explosivas como “batalha diária”, “Vamos à Luta!”, ou uma frase muito usada por jovens “essa musica esta bombando” ou ainda “isso é um estouro”.
As musicas também usam palavras que conduzem a ideias de guerra como a que diz“Vó tou estourado, vó tou estourado, vó tô estourado E meu avô é o culpado.” É certo que o ritmo é bom, mas a letra é um verdadeiro convite para que a juventude se “estoure” na vida.
Não estou aqui querendo negar que as ideias trazidas de livros como A Arte da Guerra de Sun Tzu ou ditas por grandes generais estejam erradas ou que o uso de certas palavras em musicas irão formar pessoas irresponsáveis, mas devemos prestar atenção para que essas palavras não venham influenciar no ambiente que queremos, pra nossas empresas ou casas.

É certo que os pensamentos positivos atraem muita coisa boa para nossas vidas e devemos pensar positivamente em todos os momentos. Como poderemos pensar positivamente se diariamente estamos em “pé de guerra” na “batalha pela vida”.
Em uma batalha se sabe que poucos sobrevivem sem a amputação de algum membro ou alguma sequela psicológica que carregam pela vida inteira.

Será que mesmo que tenhamos muitas medalhas ganhas em “batalhas” diárias pela vida vale a pena essa “guerra”? 
Não esta na hora de mudar nossas palavras e assim mudarmos nossas ações a fim de tornar o mundo mais leve e menos explosivo com palavras explosivas sendo substituídas por palavras de paz?

Vamos refletir sobre isso!
Por - Pedro Paulo Morales - http://www.qualidadebrasil.com.br

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