A jornalista Micheline Borges, que criticou a aparência das médicas cubanas do programa Mais Médicos no Facebook, vai ser processada pelo Sindicato das Empregadas e Trabalhadores Domésticos (Sindidoméstica) de São Paulo. Na publicação, a jornalista disse que as médicas tinham “cara de empregada doméstica” e que não gostaria de ser atendida por pessoas “descabeladas, de chinelos e sem lavar a cara”; e que o médico deveria ter “cara de médico” e “se impor pela aparência”. A presidente do Sindidoméstica, Eliana Gomes de Menezes, diz representar “todas as empregadas domésticas do Brasil, haja visto ter sido empregada doméstica e faxineira, conhecedora de todos os rótulos e preconceitos contra esta classe trabalhadora”. A presidente sindical ainda afirma que Micheline Borges “menospreza a potencialidade das médicas cubanas e trata com desprezo e discriminação as nossas empregadas domésticas”. De acordo com a revista Carta Capital, a ação requer indenização de R$ 27 mil e será julgado pela 1ª Vara do Juizado Especial Cível de Vergueiro, em São Paulo. A entidade é ligada a Federação das Empregadas e Trabalhadores Domésticos do Estado de São Paulo, diz não admitir preconceitos, discriminações, descasos, maus tratos e injustiças. A Federação ainda afirma que é “imprescindível absorver as mudanças e notar que o Brasil não é feito de brancos, negros, amarelos, vermelhos, mas sim, da miscigenação de todos esses povos. O país desenvolveu em tantos aspectos desde seu descobrimento, mas a sociedade não conseguiu acompanhar esses avanços”. A jornalista do Rio Grande do Norte excluiu o perfil da rede social e se desculpou ao dizer que “foi um comentário infeliz, foi mal interpretado, era para ser uma brincadeira, por isso peço desculpa para as empregadas domésticas”.BN
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