Inquérito em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o uso da cota de passagens aéreas para parlamentares detalha como funcionava um esquema de compra e venda de créditos, com distribuição de bilhetes a aliados do deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE). Depoimentos incluídos nas mais de 1,6 mil páginas da investigação que apura a responsabilidade do peemedebista e de Dilceu Sperafico (PP-PR) na chamada “farra das passagens” indicam que Gomes recorria até a uma agência de viagens para atender às demandas aéreas de seu gabinete, familiares e eleitores, apesar da cota mensal de R$ 15 mil para viajar. Segundo o documento, Aníbal chegou a dever, em 2009, R$ 38 mil a uma agência de turismo pertencente ao irmão de uma funcionária de seu gabinete. O deputado tinha direito a uma cota de R$ 15 mil mensais, mas recorria a antecipações de créditos de passagens que passavam dos R$ 40 mil – valor que daria para bancar cerca de 40 passagens, de ida e volta, entre Brasília e Fortaleza. Os bilhetes eram bancados pela extinta verba de passagens, incorporada atualmente à Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap). Informações do Congresso em Foco.
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