Michael Jackson recebia milhões de dólares todos os anos pelos royalties de suas canções, mas ainda assim estava afogado em dívidas na época de sua morte, afirmou um contador durante testemunho na última segunda-feira. William R. Ackerman falou em nome da AEG Live, no julgamento sobre a morte do cantor, repassando ao tribunal detalhes sobre as finanças de Jackson, informa o Los Angeles Times.
Em 1985, Jackson comprou o catálogo da editora ATV, que incluía as músicas dos Beatles, por US$ 49,5 milhões. Ao mesclar o material com o catálogo da Sony, uma década depois, recebeu US$ 115 milhões mais a garantia de US$ 6,5 milhões por ano, um valor que aumentou para US$ 11 milhões anuais em 2008.
Segundo Ackerman, no entanto, o rei do pop gastava muito dinheiro em doações para caridade, presentes, viagens, arte, joias e mobília. O cantor também deixava boa parte de seus ganhos na administração do rancho Neverland. Ainda assim, a maior parte dos gastos de Jackson estava no pagamento de juros - o valor chegou a US$ 30 milhões anuais quando ele morreu em 2009.
Os juros dos empréstimos feitos pelo cantor foram subindo ao longo dos anos, até passarem de 7% para 16,8% anuais, disse Ackerman. Em 1993, Jackson já devia US$ 30 milhões, valor que subiu para US$ 140 milhões em 1998. Quando morreu, ele devia entre US$ 400 milhões e US$ 500 milhões. Desde 2007, já não recebia empréstimos.
A AEG Live, empresa que promove shows, já gastou US$ 1,5 milhão em especialistas em contabilidade para testemunhas sobre as finanças de Jackson. O resultado do julgamento dirá quanto a empresa terá de pagar à mãe e filhos do cantor.
A família processou a AEG, alegando que ela contratou de forma negligente o médico Conrad Murray para supervisionar o músico, enquanto ele se preparava para o show de 50 anos, em Londres. Murray é acusado de administrar uma dose letal de anestésico em Jackson. A AEG, no entanto, afirma que Jackson contratou Murray e os pagamentos feitos ao médico eram adiantamentos ao cantor.http://www.diariodepernambuco.com.br
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