No final da tarde desta segunda-feira (15) a Eletrobrás Distribuição Acre voltou a divulgar nota tentando esclarecer os motivos de mais um apagão no fornecimento de energia elétrica que atingiu as cidades de Rio Branco, Bujari, Porto Acre e Sena Madureira. Nos últimos anos, essas notas se tornaram comuns. Outra rotina nada agradável que a direção da empresa convive é a inadimplência. Na gestão do atual governador Sebastião Viana, do PT, a evolução das dívidas foi de 44,64%, um rombo que chega a cifra dos R$ 77,9 milhões.
Como conviver com esse buraco e ainda ter que fazer investimentos altíssimos?
Segundo Raimundo Nonato, assistente da diretoria comercial, essa é uma resposta que a própria Eletrobras ainda busca. Para os consumidores comuns, a empresa já encontrou saída, que foi a de colocar o nome do usuário inadimplente no Serasa, o gargalo é como acionar judicialmente, os órgãos públicos responsáveis por um rombo de R$ 21,8 milhões no faturamento da empresa.
“Estamos vendo se colocamos os órgãos públicos inadimplentes no CADIN, tem que se reverter é impossível continuar sobrevivendo e fazendo investimentos altíssimos sem receber”, acrescentou Nonato.
O setor privado não fica atrás. A maior parte dos consumidores tem dívidas contraídas entre 90 e acima dos 360 dias. Os recursos se entrassem nos cofres da empresa, representavam uma injeção aproximada dos R$ 30 milhões. Nos próximos trinta dias, a Eletrobrás tem R$ 18,1 milhões a receber. O setor privado deve R$ 56,1 milhões aos cofres da distribuidora. Desse total, 47% são de consumidores residenciais.
O setor comercial deve mais de R$ 10 milhões para a Eletrobrás. O setor industrial, R$ 3,3 milhões. Quem também vem ajudando a elevar os índices de inadimplência são os produtores rurais. As dividas do setor ultrapassam os R$ 4 milhões.
O pico da inadimplência da empresa foi em 2008, no primeiro ano de governo do ex-governador Binho Marques, quando o grau de inadimplência total atingiu os 20%. Diminuído a 14,80%, o atual governador Sebastião Viana não vem conseguindo segurar esse percentual que cresceu para 16,60% em 2011, 15,50% em 2012 e já atinge 16,36% em 2013.
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