Há algum tempo o correspondente no Brasil do jornal espanhol “El País’, Juan Arias, chamou a atenção para o fato de que as passeatas do orgulho gay e as marchas dos evangélicos levavam milhões de pessoas ás ruas, mas poucos se dispunham a fazer manifestações contra a corrupção, principalmente aquelas que beneficiavam agentes públicos. No dia 11/7/2011 fizemos uma postagem sobre o assunto (Leia aqui). É mesmo de espantar essa falta de disposição de o povo reagir contra o verdadeiro deboche que os políticos vêm praticando contra a população, em especial os integrantes da malfadada ‘base aliada’ do Governo no Congresso Nacional. Sob a justificativa de se garantir a governabilidade, os mais improváveis acordos são firmados;
Mas por trás dessa ‘governabilidade’ estão acordos com vistas ao palanque da eleição do ano que vem. Quando se fala em palanque, o objetivo maior é a soma de tempo no horário obrigatório de propaganda no rádio e principalmente na TV. Há alguns anos, a tal propaganda ‘gratuita’ era a hora de se desligar a televisão, pois ninguém suportava aquela série de figuras aparecendo em sua casa pedindo votos e fazendo promessas que nunca seriam cumpridas, como até hoje acontece. Atualmente, com o reconhecido trabalho dos marqueteiros, o tempo de exposição principalmente na TV é agora considerado fundamental para a campanha eleitoral;
Por causa disso e pensando em especial na reeleição da presidente Dilma, os partidos da ‘base aliada’ praticam um verdadeiro deboche, pouco ‘se lixando’ para o eleitorado: Renan Calheiros e Henrique Alves são eleitos para as presidências do Senado e da Câmara; Marco Feliciano é eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara; Blairo Maggi também é eleito para a presidência da Comissão de Meio Ambiente do Senado; os deputados condenados à prisão no processo do ‘Mensalão do PT’, José Genoíno e João Paulo Cunha soa indicados pelo partido para integrarem a Comissão de Justiça, a mais importante daquela Casa; e finalmente, o deputado ‘ficha-suja’ Paulo Maluf também é indicado para a mesma comissão, mesmo sendo procurado pela Interpol no mundo inteiro;
Sabemos que todos eles têm por principal missão impedir que seus companheiros sejam atingidos por qualquer ato que tenha por objetivo sequer apurar ‘malfeitos’ por eles praticados ou, então, para defesa de seus próprios interesses. A partir daí vemos que há bastante possibilidade de ser aprovada a PEC que pretende engessar o Ministério Público. Se aprovada a PEC, o MP ficará impedido de investigar crimes que tenham sido cometidos por agentes públicos, ou sejam, políticos e ocupantes de cargos por eles indicados;
O povo não se mobiliza para protestar contra essa série de fatos. Já é tempo de a população reagir contra essa série de coisas. Para isso, já há uma data marcada: 5 de outubro de 2014. Naquele dia é só digitar corretamente os números dos candidatos que realmente o eleitor ser alguém que vai realmente para mudar a imagem dos ocupantes dos cargos hoje tão mal ocupados. Nada de votar nulo, porque só os atuais serão os beneficiados. Comece a pensar agora na mudança. por Airton Leitão / http://pontoetvirgula.blogspot.com.br/
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