Os petistas sempre encararam a inflação como um mal menor. No governo, continuaram a encará-la como se fosse assunto do interesse apenas de iniciados, do “mercado” ou de obsessivos por percentuais e vírgulas. Tratou da carestia como se fosse uma febrezinha e desdenhou do principal: a inflação é a mais perversa das formas de injustiça social. Medicado à base de placebo e paliativo, o bicho foi virando doença crônica e tornou-se um monstrão.
Os petistas sempre encararam a inflação como um mal menor. No governo, continuaram a tratá-la como se fosse assunto do interesse apenas de iniciados, do “mercado” ou de obsessivos por percentuais e vírgulas. Desdenharam do principal: quem mais perde com a alta generalizada de preços são os mais pobres. A inflação é a mais perversa das formas de injustiça social.
Os efeitos foram, então, se disseminando por toda a chamada economia real: serviços, alimentos, combustíveis, bens de consumo. Tudo foi ficando pela hora da morte, deixando as pessoas cada vez mais assustadas. O Brasil tornou-se um país muito caro, os preços não param de subir e a dificuldade para sobreviver apresenta-se com todas as suas cores escuras.
A inflação brasileira está alta e é bem maior do que em países como Chile (1%), Colômbia (1,8%), México (3,6%), EUA (2%) ou mesmo da zona do euro (1,7%). Nosso índice geral acumula aumento de 6,59% nos últimos 12 meses e já há um bom tempo não se comporta como o Banco Central prometeu que se comportaria.
Está acontecendo o óbvio: inflação aleija, estropia o consumo, mutila a capacidade de produzir. A consequência é ainda mais óbvia: golpeada pela alta disseminada dos preços, a atividade econômica padece. Como, aliás, mostrou a prévia do PIB divulgada nesta manhã pelo Banco Central, apontando queda – mais uma – de 0,52% na atividade econômica em fevereiro. É UM MOMENTO EM QUE O GOVERNO PERDEU O CONTROLE.
Nos últimos doze meses, o IPCA, índice oficial de inflação do País superou o teto da meta do governo federal de 6,5% chegando a 6,59%. Sozinho, o grupo alimentos correspondeu a 60% da variação da inflação do mês passado, conforme pesquisa do IBGE. Em 12 meses, os alimentos acumulam alta de 13,48%, mais do que o dobro da inflação média no período (6,59%).
A última pesquisa nacional do DIEESE nas capitais revelou que o cidadão que recebe um salário mínimo tem 45% da renda comprometida com a cesta básica e o reajuste do mínimo este ano foi de 9%. A INFLAÇÃO É A PIOR INIMIGA DO POBRE.
Enquanto isso...
O ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento) tornou secretos os documentos que tratam de financiamentos do Brasil aos governos de Cuba e de Angola. Com a decisão, o conteúdo dos papéis só poderá ser conhecido a partir de 2027.
Só no ano passado, o BNDES financiou operações para 15 países, no valor total de US$ 2,17 bilhões, mas apenas os casos de Cuba e Angola receberam os carimbos de "secreto" no ministério.
Segundo o órgão, isso ocorreu por que havia "memorandos de entendimento" entre Brasil, Cuba e Angola que não existiam nas outras operações do gênero. O ministério disse que o acesso a esses outros casos também é vetado, pois conteriam dados bancários e comerciais já considerados sigilosos sem a necessidade dos carimbos de secreto.
Em Havana, onde esteve em janeiro para encontro com o ditador Raul Castro, ela afirmou que o Brasil bancava boa parte da construção do Porto de Mariel, a 40 km da capital, obra executada pela empreiteira Odebrecht.
Na visita a Luanda, em Angola, Dilma falou em 2011 que "os mais de US$ 3 bilhões disponibilizados pelo Brasil fazem de Angola o maior beneficiário de créditos no âmbito do Fundo de Garantias de Exportações" do BNDES. Quando procuradas, as embaixadas de Cuba e Angola não se manifestaram a respeito. É O DINHEIRO DO CONTRIBUINTE BRASILEIRO FINANCIANDO GOVERNOS DESPÓTICOS E SANGUINÁRIOS.
O Brasil em marcha ré.
De acordo com o Banco Central, a atividade econômica, em fevereiro, apresentou queda. Os dados do Índice de Atividade Econômica do BC divulgados nesta sexta-feira (12), desconsiderado o ajuste sazonal, apontam para um recuo de 0,52%. Trata-se do pior resultado registrado pelo BC para os meses de fevereiro em relação a janeiro, na série histórica iniciada em 2003. O percentual de queda (0,52%) é semelhante ao registrado em 2005, no mesmo tipo de comparação (fevereiro-janeiro).
Com os dados revisados e ajuste sazonal, em janeiro deste ano, comparado com dezembro de 2012, o IBC-Br cresceu 1,43%. Em doze meses, período encerrado em fevereiro, a atividade econômica brasileira apresentou expansão de 0,87% (sem ajustes).
O PT, Eike Batista e as Santas Casas.
O império de Eike Batista começa a derreter e isso vai mexer no nosso bolso porque o governo estimulara o BNDES a ser sócio do empresário em cinco empresas. Não deu outra: o governo acenou ajudar o empresário, via Petrobras (sempre ela ...) -- resultado: as ações da LLX (infraestrutura) subiram ontem mais de 10%, a maior alta da Bovespa. Moral da história: quer investir sem risco no Brasil? Invente megaprojetos, mesmo que sejam capengas, atraia o governo via BNDES e Petrobras, deixe a gestão deles com seu contínuo e vá relaxar, que ninguém é de ferro. Quanto vai custar isso para nós contribuintes, transformados em eternos otários de plantão pelo governo? Difícil saber, porque o Planalto e Eike jamais vão dizer -- O DEM calcula em R$ 400 milhões as perdas do BNDES com as empresas de Eike de que é sócio, desde o fim de 2011.
Saiba como a petista Dona Dilma procede com a saúde pública. As Santas Casas de Misericórdia são entidades filantrópicas sem fins lucrativos, que desempenham há séculos (a do Rio foi fundada em 1582) um papel importantíssimo no atendimento médico-hospitalar de populações carentes no país.
Em fevereiro deste ano, o Globo informava que, atoladas em dívidas de R$ 11,8 bilhões, as Santas Casas e hospitais filantrópicos do país, que respondem por quase metade dos procedimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sofrem para manter o atendimento aos seus pacientes. O rombo financeiro não para de crescer. Desde 2005, a dívida aumentou mais de seis vezes, saindo de R$ 1,8 bilhão para R$ 11,8 bilhões. A estimativa da Confederação das Santas Casas de Misericórdia (CMB) é que 87% das 1.983 instituições estão com as contas no vermelho.
No mesmo mês de fevereiro deste ano, o jornal Estadão informava que a crise nas finanças das Santas Casas é conhecida há vários anos, e, sem medidas adequadas por parte dos responsáveis pelos programas de saúde pública, só piora. Em 2005, a dívida dessas instituições era estimada em R$ 1,8 bilhão, em 2009 saltou para R$ 5,9 bilhões e, em 2011, alcançou R$ 11,2 bilhões, de acordo com o relatório da subcomissão formada na Câmara dos Deputados. Mantido o ritmo de crescimento anual desse período, de cerca de 35% ao ano em valores nominais, deve ter alcançado R$ 15 bilhões no fim do ano passado.
ESSE É O GOVERNO QUE GOVERNA PARA AS CLASSES MENOS PRIVILEGIADAS.
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