A equipe de médicos montada pelo MPE (Ministério Público Estadual) tem "fortes suspeitas" de que pelo menos 100 pacientes foram assassinados na UTI (unidade de terapia intensiva) geral comandada pela médica Virginia Helena Soares de Souza no Hospital Evangélico, o segundo maior de Curitiba. A junta médica analisa os prontuários de 300 de pacientes que morreram na unidade. O rol de três centenas de prontuários foi triado a partir de outro, maior, que continha pelo menos 1.000 documentos relativos a todos os pacientes que morreram na UTI do Evangélico entre 2006 –-quando Virginia tornou-se diretora médica-– até 19 de fevereiro de 2013, quando ela foi presa pela polícia por suspeita de "antecipar óbitos". De acordo com a equipe, os pacientes teriam sido mortos com o uso de medicamentos anestésicos e relaxantes musculares combinados com a redução da ventilação mecânica, disse ao UOL um dos médicos que participa da equipe. A médica aguarda em liberdade julgamento por sete homicídios duplamente qualificados e formação de quadrilha, crimes pelos quais foi denunciada pelo MPE. A fonte não soube afirmar se prontuários são dos mesmos pacientes que receberam as 346 prescrições da combinação entre um relaxante muscular e um anestésico assinadas por Virginia, cuja análise a Polícia Científica entregou ao MPE na semana passada.
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