Apesar do prefeito José Carlos Moura ter contratado a preço de ouro o advogado Celso Castro, um dos juristas mais renomados da Bahia, para tentar reverter a decisão judicial que determinou a indisponibilidade de todos os seus bens e dos seus ex-auxiliares Zenóbio Cirqueira e Israel Miranda, a justiça se mantém firme e vem negando todos os pedidos de revogação da medida, requeridos pelo renomado advogado.
Para se ter uma ideia da extensão do bloqueio determinado pelo Juiz da Vara da Fazenda Pública de Itapetinga, ficaram indisponíveis todos os bens móveis, imóveis e semoventes do prefeito, o que inclui a sua fazenda, casa residencial em Itapetinga, apartamento em Salvador, carros e até o gado da fazenda, sem falar das contas bancárias que também foram bloqueadas pela justiça. Em uma única conta bancária no Bradesco de Itapetinga, segundo informação de parte interessada no processo, foram bloqueados nada menos que R$ 200 mil reais.
Nas suas tentativas de desbloqueio em Salvador e Brasilia, o advogado teria argumentado que a fazenda do prefeito Zé Carlos seria mais do que suficiente para garantir o valor da causa, cerca de R$ 700 mil reais, mas a justiça teria entendido que o valor do imóvel não seria o de mercado, mas o declarado pelo seu proprietário no ITR (Imposto Territorial Rural), o que reduz a avaliação do imóvel para um valor irrisório.
Numa tentativa de trocar de carro, o prefeito teria pedido autorização ao juiz do processo, no que foi autorizado, desde que o novo veículo também ficasse indisponível, no lugar do outro a ser vendido.
Toda esse imbróglio teve origem na CPI da Vidal, realizada na Câmara Municipal, que resultou em uma Ação Popular requerida na Vara da Fazenda Pública de Itapetinga. Segundo informações, o advogado do prefeito ainda tenta um último recurso em Corte Superior em Brasilia, depois de duas tentativas frustradas.
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