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O Bayern de Munique está muito perto de sua segunda final consecutiva de Liga dos Campeões. Nesta terça-feira, o time alemão goleou o Barcelona por 4 a 0, em casa, e agora pode até mesmo perder por três gols de diferença que ainda assim garante a vaga no jogo decisivo da Champions League, no estádio de Wembley. Essa foi a maior derrota da chamada "era Messi" no Barcelona. O placar foi igual ao do revés para o Dynamo de Kiev, na Liga dos Campeões de 1997, e também da final da Champions de 1994, contra o Milan. O último 4 a 0 que o Barça havia sofrido foi em 10 de maio de 2007, quando perdeu para o Getafe, pela Copa do Rei. Sobraram, contudo, reclamações do Barça contra a arbitragem do húngaro Viktor Kassai. Segundo os catalães, houve falta sobre Daniel Alves no lance do primeiro gol, impedimento de Mario Gomez no segundo e falta de Thomas Müller no terceiro. O juiz mandou o jogo seguir em todos estes momentos. Em campo, o clube alvirrubro aproveitou a principal deficiência do Barça para construir sua vitória. Como o time catalão vem sofrendo com desfalques na defesa (Puyol e Mascherano estão lesionados), o jeito foi apelar para a jogada aérea, em estratégia que deu muito certo. Além disso, o astro Lionel Messi mostrou ainda não estar 100% recuperado de uma lesão muscular, e tocou muito pouco na bola. Aos 25 minutos, o zagueiro brasileiro Dante aproveitou cruzamento na área, ganhou na marcação de Daniel Alves e tocou de cabeça para Thomas Müller, que empurrou, também de testa, para o fundo das redes. Valeu pelo domínio total dos alemães, que, mesmo com menor posse de bola, finalizaram quatro vezes contra a meta rival, enquanto o Barça só deu um chute, e para fora, ainda por cima. No segundo tempo, o Bayern seguiu muito melhor, Messi continuou sumido e o massacre foi construído. Primeiro, Robben cobrou escanteio, Müller ganhou de Daniel Alves novamente pelo alto e tocou de cabeça para Mario Gomez, impedido, colocar de canela para dentro da meta de Valdés. Perdido, o Barça viu Robben costurar pela direita e tocar na saída de Valdés para fazer o terceiro, aos 28. Nove minutos depois, o lateral Alaba arrancou pela esquerda e cruzou rasteiro, na medida para Thomas Müller, que não perdoou e, de carrinho, fez seu segundo na partida. O curioso é que, mesmo atropelada, a equipe espanhola teve 62% da posse de bola durante o duelo. De nada adiantou, já que a eficiência foi mínima, com apenas duas finalizações certas no gol. O time da Bavária, por sua vez, acertou a meta rival nove vezes, e com excelente aproveitamento, já que anotou quatro vezes. O duelo de volta será na próxima quarta-feira, no Camp Nou. Para avançar, o Barcelona depende de um milagre: terá que vencer por cinco de diferença para avançar à final. Caso repita o placar, o jogo vai para a prorrogação.
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