A família de uma mulher de 85 anos, internada em estado grave, acusa o Hospital Salvador, no bairro da Federação, de não cumprir liminar da Justiça que ordena a aplicação imediata de tratamento médico necessário a recuperação da paciente. Maria Olga Mattos está na unidade de saúde desde o dia 27 de dezembro. A filha dela, Marta Elizabete Mattos, diz que a mãe foi levada ao local com febre alta por conta de uma infecção bacteriana. No dia 29, ela foi transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) devido ao agravamento da situação. De acordo com Elizabete, sua mãe precisa fazer um traqueostomia, precedimento que, em pessoas de idade avançada, deve ser feito no máximo em três dias após a entubação, e remover as escaras (feridas que surgem no corpo do paciente por ficar muito tempo na mesma posição) que, segundo ela, não foram tratadas ou prevenidas pelo hospital. Devido a essa situação, o advogado da família, Pedro Henrique Duarte, entrou, nesta quinta-feira (19), com um pedido de liminar contra a Unimed, plano de saúde de Olga, e o hospital Salvador. O documento foi expedido no mesmo dia e obriga a casa de saúde a realizar todo o tratamento e o plano a cobrir todos os custos. A decisão deveria ser cumprida imediatamente. Contudo, segundo Duarte, nada foi feito até agora. “Eu e a oficial de Justiça fomos ao hospital para fazer cumprir a liminar. Depois fomos à Unimed e quando retornamos [ao hospital] disseram que a administração estava fechada e que só poderiam fazer esse procedimento amanhã, depois de avaliarem se o caso é de urgência”, relatou, em entrevista ao Bahia Notícias. De acordo com o representante da paciente, o hospital alega que a Unimed não deu autorização para o tratamento. No entanto, a família possui documento da assistência médica que permite todos os processos necessários. “A traqueostomia foi indicada há mais de 10 dias. O medico, Dr. Trajano, ligou para a família e disse que a Unimed está devendo há mais de seis meses e que, com essa demora, eles não vão fazer o procedimento para receber R$ 50. Se a família quiser tratamento imediato terá que pagar 700 reais”, acusa Duarte. Segundo ele, "a remoção das escaras está autorizada desde segunda-feira (14) e hoje é que vieram ligar para a família pedindo para pagar a anestesia porque o plano não cobre”. O Bahia Notícias entrou em contato com o hospital na noite desta quinta, mas até o fechamento desta reportagem não obteve retorno. por Niassa Jamena / BN
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