Mesmo recebendo apenas o próprio voto nas eleições de outubro, a candidata Juvina Camargo Duarte (PMDB) conquistou uma cadeira na Câmara de Vereadores de Lajeado do Bugre, no norte do Estado.
Ela ficou com a vaga do companheiro de partido, Everaldo da Silva, que desistiu do cargo. Juvina foi uma dos 17 concorrentes à Câmara, na cidade de quase 2,5 mil habitantes. Aos 33 anos e mãe de três filhos, a agricultora nunca tinha cogitado a vida política.
Ela conta que a coligação do partido ao qual é filiada precisava de mulheres para preencher o número mínimo estipulado por lei de candidatas, 30%.
Mesmo fazendo campanha e distribuindo santinhos, Juvina recebeu apenas seu próprio voto. Ela justificou a ausência de apoiadores pela falta de recursos financeiros. O único voto, no entanto, a levou a assumir uma das nove vagas no legislativo. O desafio da nova vereadora é trabalhar para a cidade que tem uma taxa de analfabetismo de quase 20%.
A cientista política Márcia Dias, da PUC, afirma que este caso é uma consequência do sistema eleitoral no Brasil e que Juvina assumirá o cargo em Lajeado do Bugre devido a um número grande de cadeiras para poucos candidatos do partido. Segundo ela, casos como este, de uma suplente, com um único voto, se tornar vereadora, são praticamente impossíveis de acontecer. Do Zero Hora
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