Os políticos, a mídia e até mesmo juristas e intelectuais, demonstraram grande dificuldade para discutir o paradoxo que foi a posse na Câmara dos Deputados de um homem condenado pela mais alta corte de justiça como corrupto.
. O ato foi legal ? Foi, sim, porque enquanto não houver coisa julgada, portanto enquanto os recursos de José Genoíno não forem repelidos pelo STF, a condenação não terá efeito e portanto ele não será preso e não terá seu mandato cassado. Isto vale para ele, como vale para qualquer réu.
. O ato foi moral e eticamente defensável ? O deputado Onyx Lorenzoni, DEM do RS, preferiu levantar a questão antecedente, ou seja, os atos criminosos praticados por José Genoíno, todos eles responsáveis por sua condenação e pela indignação atual reverberada pela mídia:
- É muito confortável burlar as leis, promover um esquema de compra de votos dentro do Congresso e depois dizer: fiz pelo povo.
. O que acontece é que moral, ética e politicamente, a extravagante atitude do deputado José Genoíno foi desastrosa, exatamente porque o julgamento do STF publicizou de maneira dramática esta condição criminosa do dirigente do PT.
. Certamente o parlamento não é lugar para criminoso.
. É fora de dúvida que o comportamento moral, ético e político de qualquer pessoa não é medido apenas pela sua legalidade, mas também pelas evidências do que ela pratica de pernicioso no ambiente social. É aqui que se enquadra o caso de José Genoíno, mais cobrado publicamente porque ele sempre tentou apresentar-se como "herói da moral, da ética e dos atos politicamente corretos" como dirigente do PT, Partido que ajudou a transformar numa organização criminosa. polibio.braga@uol.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário